O projeto hidrossanitário determina funcionamento hidráulico de toda a obra. Confira quatro passos que oferecem uma boa constituição hidráulica.
O funcionamento ideal de todo aparato hidráulico e sanitário de uma edificação é o objetivo de um projeto hidrossanitário. A constituição de uma boa configuração hidráulica pode ser obtida a um custo/benefício interessante.
Seu projetista deve antever um contorno de problemas futuros. O projeto depende de aprovações perante a legislação e normas da ABNT. Logo é preciso evitar incompatibilidade entre as redes interligadas da própria obra finalizada, e claro, mau funcionamento destas redes, que caso haja, criará transtorno para os futuros moradores.
Confira quatro passos que podem garantir um bom projeto hidrossanitário:
1 – Conhecimento pleno da legislação e normas da ABNT
O engenheiro projetista deve conhecer de antemão todos os documentos que levam a aprovação por parte da da prefeitura municipal, para que a instalação do projeto hidráulico seja viabilizado. O desenvolvimento deste aspecto precisa ser feito com antecipação, estando de acordo também com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas)..
Instalação perfeita dos banheiros é consequência de um bom projeto hidrossanitário (Foto: Sandinusa/Flickr )O projetista deve averiguar possibilidades do fornecimento de água, além da viabilidade da ativação da rede de esgoto, a qual depende de órgão responsável pelo saneamento básico local. O projeto delineado deve conter gráficos, memorial do cálculo, requerimentos, ART do cálculo e comprovante de pagamento da taxa de análise.
2 – Analisar enquadramento perante o projeto estrutural
Um projeto hidrossanitário deve ser análogo ao projeto estrutural da obra. Como exemplo, podemos imaginar situação na qual um tubo de esgoto precise ser instalado no sentido da espessura da viga. A instalação deste tubo de esgoto deve ser de conhecimento do engenheiro projetista responsável pelo projeto estrutural.
O projetista estrutural calculará a perfuração exigida pela viga, para se ter uma boa instalação do tubo de esgoto. Trata-se de uma decisão pertinente ao planejamento e que não pode ser tomada durante a execução da obra. A má instalação do hipotético tubo de esgoto pode causar danos a estrutura da edificação.
3 – Escolha adequada do material a ser utilizado
As tubulações a serem usadas estarão sujeitas às condições de temperatura local. Desta forma, exige-se cálculo preciso da pressão hidráulica, o qual oferecerá dados que precisam condizer com aquilo que é estabelecido pela norma e fabricante do próprio material a ser utilizado. A elaboração do projeto hidrossanitário deve visar formas de evitar pressões excessivas, que não podem exceder o valor de 40 m.c.a (metros de coluna d’água)
4 – Dimensionar a rede sanitária
Um dimensionamento correto da rede sanitária deve considerar os ângulos das curvaturas horizontais, calculados em 45 graus. Isso condizendo com rede de ventilação que vise manutenção do nível dos fechos hídricos por parte dos sifões. A prática impedirá o retorno de odores para o ambiente.
Retorno ou permanência de odores pode ser sinal de falha no projeto hidrossanitário (Foto: Julião Matos/Flickr)É necessária precisão no dimensionamento das unidades de tratamento, o que inclui tanque séptico, valas ou sumidouro, quando não se dispõe de rede de esgoto passando pela rua em que a edificação está situada. Se este for o caso o engenheiro projetista precisa apresentar os desenhos, justificando o dimensionamento através da memória de cálculo.
Imagem de destaque: Felipe Oliveira/Flickr
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