Um projeto estrutural precisa estar conjugado com seu projeto arquitetônico, além de contar com dados geográficos precisos de área e terreno em que a obra será edificada
Um bom projeto estrutural, seja ele de pequeno ou grande porte, precisa contar com um apurado conjunto preliminar de informações. Tais informações e dados podem inclusive impactar no orçamento financeiro da obra a ser edificada.
Confira cinco passos que devem ser cumpridos para se ter um bom projeto estrutural:
1 – Laudo da sondagem do terreno
O laudo da sondagem do terreno deve constar mesmo no caso de construção de pequeno porte. O equívoco de dispensar este passo infelizmente é corriqueiro no Brasil. É necessária a sondagem do terreno para iniciar uma construção de qualquer porte. Além da segurança que o laudo garantirá, o gasto orçamentário será pautado pelos dados obtidos.
Não haverá incertezas do dimensionamento territorial. Empresas de grande porte e experiência no ramo, inclusive, recomendam obtenção de tal laudo. Caso o contratante menospreze a obtenção do laudo visando menores custos, conscientizá-lo desta importância é algo fundamental.
2 – Levantamento topográfico
Nem todas as obras exigirão este passo, mas apenas aquelas em que a edificação se dará sobre terreno acidentado. Este levantamento definirá estruturas de contenção, se necessário, além de cotas de fundações. Um auxílio do contratante a oferecer imagens do terreno é bem-vindo.
3 – Interação entre arquiteto e engenheiro projetista
Empresas executoras não raro, lidam com a demora do projeto arquitetônico, o qual precisa passar pelo crivo da prefeitura municipal, onde aspectos burocráticos geram atrasos. Uma boa conversação entre arquiteto, engenheiro executor e o contratante é primordial. O projeto arquitetônico precisa estar perfeitamente adequado ao projeto estrutural.
Com acesso rápido ao aspecto arquitetônico, o projetista estrutural pode fazer pré-lançamentos da estrutura, sobretudo se o projeto arquitetônico estiver em fase preliminar. Pequenos ajustes na arquitetura podem representar grande diferencial na solução estrutural, além de otimizar custos.
Uma boa interação entre arquiteto e engenheiro projetista sempre garante uma estrutura melhor para a edificação.
4 – Avaliação de características de edificações ao redor
Em áreas urbanas as construções geralmente se dão tendo edificações vizinhas ao seu redor, isso sem contar oportunidades em que um terreno próximo poderá sediar uma vindoura edificação. Construções adjacentes no entorno precisam ser de pleno conhecimento do construtor, pois as mesmas podem determinar condições de projeto e execução.
Se a nova obra exigir escavações o procedimento pode causar modificações no estado de equilíbrio de construções ao redor, além de eventuais danos nestas edificações vizinhas. É preciso evitar prejuízos físicos e priorizar a integridade das próprias pessoas envolvidas. Consultas e estudos aos projetos executivos das obras vizinhas são recomendados.
5 – Determinação macro ambiental da obra
As edificações devem seguir a norma NBR 6118. Pautando-se por esta norma o engenheiro projetista define qual a classe de agressividade ambiental a futura edificação pode estar sujeita. Isto é um parâmetro avaliador do risco de deterioração que a estrutura pode vir a sofrer, sempre de acordo com aspectos geográficos e ambientais.
Uma obra pode estar situada em ambiente rural, urbano, industrial ou até mesmo marinho em regiões litorâneas. Diferentes macro ambientes podem impactar na durabilidade da estrutura. É preciso optar pelas estruturas que garantam estabilidade e segurança longevas, sem patologias e por pelo menos 50 anos.
A norma NBR 6118 oferece noção das classes de agressividade das diferentes condições ambientais.
Imagem destaque: Ivan Moretti/Flickr
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